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segunda-feira, 31 de março de 2014

Temporada de Inverno: Animes que assisti (parte 1)

Final de temporada de inverno na indústria de anime, e eu resolvi escrever um pouco sobre os animes que assisti: Hamatora, Nisekoi, Pupa, Space Dandy e Wizards Barristers. Vou dividir os textos em dois posts, para não ficar muito grande até porque eu escrevo demais da conta

Hamatora


Hamatora foi uma das promessas da temporada de inverno: um projeto ambicioso multimídia, que conta com um jogo exclusivo para 3DS e a série de TV de 12 episódios.

Logo nos primeiros episódios, os espectadores compararam o anime a Darker than Black, Durarara e Psycho-Pass.

Bom, me envergonho em dizer que ainda não assisti Durarara, mas dos outros dois animes posso dizer que as comparações foram justas de início.

Em Hamatora, algumas pessoas são capazes de ativar superpoderes após cumprirem uma determinada condição (ex: o protagonista Nice ganha supervelocidade após estalar os dedos). Isso é muito semelhante a Darker than Black, exceto que em DTB a condição para o poder é cumprida após seu uso (pagamento).

A semelhança com Psycho-Pass fica no misterioso vilão serial killer Moral, que por meio de assassinatos e manipulação de pessoas almeja um fim que parece nobre: livrar a sociedade da desigualdade que existe entre pessoas com poderes (os Minimum Holders) e aquelas sem. Parecido com a linha de pensamento de Makishima Shougo de Psycho-Pass, não?

Apesar da bela arte, dos personagens com visual cool e das boas premissas, Hamatora escorrega em um grave ponto: falta de direcionamento. É claro que os animes modernos buscam atingir vários públicos ao mesmo tempo, mas esse é um problema se você não estruturar bem os episódios (especialmente em uma série tão curta).

Pois bem. Mesmo que o vilão apareça no segundo ou terceiro episódio, a trama principal só começa realmente a ser revelada nos 3 últimos. Nesse intervalo, o anime patina entre bons e medianos episódios de ação e episódios desnecessários focados em comédia ou personagens secundários menos relevantes. Ou seja, alguns episódios são quase "fillers" em uma obra original.

Para melhor exemplificar, com um pequeno SPOILER, no episódio 7 morre um personagem importante. O episódio seguinte se foca em uma competição atlética com um tom meio humorístico que tira completamente o impacto do que aconteceu no episódio anterior.

___________ continuando ...
Nice (dir.) is nice
Outro problema é o protagonista, o Nice. Ele realmente tem um jeitão "nice" e é relativamente carismático, mas até o último episódio, ele não faz nada de espetacular (em termos de ação), ou tem uma cena legal em que faz uma declaração expressa de sua forma de pensar (em monólogo ou diálogo) que justifique seu status de pica das galáxias ".

Contudo, o anime termina até bem, com um plot twist carpado (bem sem noção) que garante uma segunda temporada e até renova o interesse na série, que foi, no geral, apenas morna. Talvez eu pegue o jogo de 3DS algum dia, já a segunda temporada, também não sei.

Avaliação final: RAZOÁVEL


Nisekoi

Nisekoi é o que eu chamo de "comédia romântica escolar para meninos". Há vários animes com esse tema, e geralmente eles se sustentam em diversos clichês em comum (shounen de porrada também é assim).

A primeira lida na sinopse de Nisekoi me lembrou logo do livro brasileiro A Moreninha, que fui obrigado a ler  li para o vestibular. Lá no livro, o protagonista faz uma promessa com uma menina, os dois ainda criança, que eles se reencontrariam e se casariam. Para que os dois se reconhecessem, cada um guardava um camafeu e um breve (seja lá o que for isso)

Em Nisekoi, o protagonista Raku tem um colar com uma fechadura, e a menina da promessa tem uma chave para abrir seu coração. (aliás, a promessa entre os dois também foi feita quando os dois eram crianças).

A trama inicial se desenvolve em um triângulo amoroso entre Raku, Chitoge e Onodera.

Raku, que nunca esqueceu da promessa (embora tenha esquecido do rosto da menina), é obrigado pelo pai yakusa a namorar a filha do chefe da máfia, chamada Chitoge, uma menina meio americana, meio japonesa, para acalmar uma guerra entre as máfias. 

Contudo, o namoro é completamente falso e os dois não se suportam (Nise = falso; Koi = amor). Para piorar, há a promessa que o Raku nunca esqueceu, e o interesse do rapaz na amiga Onodera, quem ele deseja fortemente que seja a menina da promessa. 

Bom, aí fica a enrolada do namoro falso que vai ficando meio verdadeiro, a tímida Onodera tentando se aproximar do Raku (que é lerdo e não percebe nada), e a Chitoge tsundere alterna momentos de "gorila" com os de menina kawaii, e o Raku conseguindo novas informações e lembranças relacionadas à promessa e ... bom, o resto você imagina e confere assistindo.

Nisekoi e sua belíssima arte
Clichês por clichês, Nisekoi se sustenta em personagens carismáticos, no mistério da chave-fechadura e da garota da promessa, e em um excelente timing cômico.

Aliás, falando em timing, Nisekoi é um anime extremamente bem produzido e dirigido. A arte é muito bonita, com vários grandes momentos de experimentação na animação, episódios muito bem divididos e bela fotografia. Tudo isso se deve ao grande trabalho do diretor Akiyuki Shinbou e do estúdio Shaft, que já fizeram outros animes de alta qualidade técnica (Bakemonogatari, Sayonara Zetsubou-Sensei, Arakawa under the Bridge).

Com uma produção muito bem feita e uma história carismática que te prende, Nisekoi é talvez o melhor anime da temporada passada (e, aliás, Nisekoi ainda não acabou!)

Avaliação parcial: ÓTIMO


Breve postarei sobre os demais! Comentem =)

Um comentário: